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Aquecedores de água a gás se destacam pela capacidade de fornecer água quente com alto grau de precisão no controle da temperatura. Em uma instalação residencial, a água para banho é o principal uso. São equipamentos confiáveis, dotados de diversos sistemas de segurança para garantir a integridade física dos usuários, e que proporcionam banhos confortáveis e relaxantes.

Tipos de aquecedor de acordo com a tecnologia

Digital

Os aquecedores digitais, ou “eletrônicos”, têm um valor significativamente maior, mas os recursos que proporcionam conforto são também mais aprimorados. O controle da temperatura é muito preciso, com ajuste automático da modulação da chama. Nos modelos digitais as capacidades são normalmente maiores e a durabilidade do aparelho é maximizada.

Mecânico

Os aquecedores mecânicos têm por característica a simplicidade do produto e o baixo preço – por consequência, há menos recursos. Por exemplo, no controle da temperatura, que é menos preciso. Em alguns modelos há a necessidade de utilização de pilhas para seu funcionamento.

Tipos de aparelho em função da exaustão

Exaustão Natural (Tipo B11)

  • Não há auxílio para a expulsão dos gases da combustão, sendo mais suscetível aos efeitos do vento;
  • Exigências mais rigorosas com relação às dimensões, tipo e instalação da chaminé, bem como as características do ambiente (particularmente às aberturas de ventilação permanente) – ver NBR 13103;
  • São sempre aparelhos do tipo mecânico;
  • Maior parte dos modelos funciona com pilhas.

Exaustão Forçada (Tipo B22/B23)

  • Utiliza uma ventoinha para expulsar os gases da combustão;
  • O diâmetro da chaminé costuma ser menor, e as condições de instalação são facilitadas;
  • Além disso, em lugares onde o vento é muito forte, a ventoinha ajuda a evitar que este vento apague a chama do aquecedor;
  • Todos os aparelhos do tipo digital são de exaustão forçada, e alguns aparelhos mecânicos;
  • Os aparelhos de exaustão forçada sempre são conectados à energia elétrica.

Fluxo Balanceado (Tipo C)

  • Os aquecedores de fluxo balanceado são os mais seguros no que tange à exaustão, pois eles não consomem o oxigênio do ambiente para a combustão, utilizando ar do exterior;
  • Utiliza dutos diferenciados, que podem ser duplos ou do tipo concêntrico, e terminais também específicos;
  • Algumas características de ambiente de instalação são permitidas somente à aquecedores de fluxo balanceado – ver NBR 13103.

Normas ABNT

Algumas das principais normas técnicas aplicáveis às instalações de aquecedores de água a gás, e que devem ser de conhecimento de qualquer profissional envolvido com a concepção e execução de projetos envolvendo este tipo de aparelho:

  • NBR 16057 é a norma que versa sobre o sistema de aquecimento a gás e as metodologias de dimensionamento, além de outros requisitos de projeto;
  • NBR 13103 é a norma que versa sobre a instalação, e apresenta os requisitos do ambiente apropriado, para instalação de aparelhos a gás;
  • NBR 5626 é a norma que versa sobre a instalação predial de água fria e quente (esta norma em sua versão atual unifica e substitui a NBR 7.198, que foi cancelada);
  • NBR 15526 é a norma que versa sobre a rede de gás, materiais e metodologias de cálculo.

Embora estas sejam as principais, outras normas podem ser aplicáveis, veja uma lista mais completa clicando aqui.

Instalação de aquecedor a gás “ponto padrão”

Ponto padrão é o termo popularmente utilizado para uma instalação residencial que já foi planejada para a instalação de um aquecedor a gás: é quando existem conexões apropriadas para os engates de água fria, gás e água quente, em distâncias compatíveis, e para a instalação do duto de exaustão.

Exemplo de ponto padrão de instalação de aquecedor a gás

Ambiente de instalação

Os aquecedores a gás podem ser instalados internamente ou externamente, e para cada um dos casos existem especificações que estes ambientes devem obedecer, de modo que os aparelhos possam funcionar adequadamente, levando em consideração não só o seu desempenho assim como a segurança dos usuários. As áreas de serviço / lavanderias são os lugares mais comuns onde são feitas instalações internas de aquecedores a gás. Recentemente, a instalação externa em terraços técnicos têm se popularizado nas novas construções, e aparelhos / acessórios apropriados para essa instalação foram lançados.

Fixação

Os aquecedores a gás devem ser bem fixados, pois a passagem de água pelo aparelho ocasiona vibrações. Deve-se atentar ao material da parede onde o aparelho está sendo fixado, para se certificar que tenha resistência, e que não haja tubulações passando no local onde será feita a furação. Também é importante assegurar que o aparelho esteja bem nivelado: inclinações podem afetar seu desempenho e durabilidade.

Gás

Os aquecedores de água a gás Rinnai são projetados para funcionamento em gás natural (GN) ou gás liquefeito de petróleo (GLP) (entenda a diferença entre os dois gases neste artigo), atendendo o mercado nacional dentro dos dois tipos de combustível fornecidos comercialmente. Deve-se utilizar somente o gás indicado na etiqueta de identificação localizada na lateral do aparelho. É importante atentar-se para o dimensionamento da rede de gás ser capaz de atender o aquecedor: capacidade dos reguladores, evaporação da bateria de gás, diâmetro das tubulações e pressão do gás devem estar de acordo.

Duto de exaustão

Os aquecedores a gás devem ter os gases da combustão conduzidos para o exterior da edificação, utilizando um duto de exaustão. A instalação e manutenção periódica deste duto é importantíssima para garantir a segurança dos usuários.

Terminal

Os terminais estão na extremidade do duto de exaustão, com a função de garantir a saída dos gases da combustão e evitar a entrada de objetos estranhos, água da chuva ou retorno de vento.

Água fria

Pressão de água adequada é um fator no bom desempenho e conforto. Em situações onde a pressão proporcionada pela altura da caixa d’água é insuficiente, é possível utilizar bombas de pressurização para atingir condições apropriadas para o funcionamento do aquecedor.

Água quente

A água, após ser aquecida pelo aparelho, é distribuída para os diversos pontos de consumo. Entre a saída do aquecedor e o ponto de consumo existe uma certa quantidade de água que já estava na tubulação, e ela precisa sair antes que a água quente chegue.

Essa água fria não precisa ser desperdiçada. Algumas instalações estão preparadas para receber um sistema de recirculação de água quente. Com isso, evitam-se desperdícios de água que estava parada na tubulação e o tempo de espera é menor. Além da infraestrutura de tubulação, é necessário um sistema controlador da recirculação, como por exemplo, o Smartstart, da Rinnai.

Válvulas misturadoras automáticas

As válvulas misturadoras, também conhecidas como válvulas termostáticas, são dispositivos que efetuam automaticamente a mistura de água fria para atingir uma determinada temperatura programada. Aquecedores a gás já possuem em seus controles maneiras de ajustar a temperatura, mas, ainda assim, em situações onde há uma
necessidade maior de segurança (crianças, idosos, hospitais) o uso dessas válvulas é recomendável.

Duchas

As “parceiras” do aquecedor a gás, as duchas são um dos fatores cruciais no dimensionamento do aparelho correto para atender à necessidade. A capacidade de vazão das duchas deve ser conhecida para calcular efetivamente a quantidade de pontos simultâneos que um aquecedor é capaz de atender.

Adaptação de instalação existente (Acumulação)

Em muitos casos, aquecedores de acumulação são substituídos por aquecedores de passagem. Seja pela comodidade do aquecedor instantâneo, pelo controle mais preciso da temperatura, ou na busca por maior eficiência em relação ao consumo de gás, esta adaptação, apesar de simples, deve ser sempre feita por um profissional capacitado (como determina a NBR 13103). Uma das adaptações normalmente necessárias nessas instalações é o “rebaixamento” dos pontos de conexão de água fria e água quente, também chamado de ‘‘ponto boiler’’.

Substituição de chuveiros elétricos

Aparelhos muito comuns de serem encontrados em residências brasileiras, os chuveiros elétricos podem ser substituídos por sistemas de aquecimento de água com desempenho energético superior, como aquecedores a gás ou aquecedores solares, por exemplo.

São diversos os motivos para um morador realizar uma reforma em seu banheiro, da troca de revestimento aos reparos na tubulação. Ao realizar uma reforma, surge a oportunidade de se incluir em um banheiro previamente não preparado, a infraestrutura necessária para um sistema de água quente mais eficiente e eficaz.

Estética

O aparelho e a instalação de um chuveiro elétrico podem não resultar em um conjunto condizente com um banheiro de padrão elevado.

Número de chuveiros

Cada chuveiro elétrico atende um único ponto de consumo, enquanto outros sistemas, potencialmente, atendem
diversos pontos com água aquecida, de forma simultânea ou não. O uso de um sistema de água quente traz ao usuário a opção de inúmeros modelos de duchas, que podem ser escolhidas de acordo com a vazão, tipo/concentração de jato, estética e preço.

Conforto

A vazão de água aquecida pelo chuveiro elétrico é limitada, sendo o conforto de banho também limitado. O controle da temperatura também é na maioria das vezes muito pouco preciso, e, usualmente, a água pode se encontrar
demasiadamente quente no verão e em temperatura insuficiente no inverno. A pressão da água é um dos fatores que afetam o conforto, e também, no caso de alguns sistemas, necessária para o bom funcionamento.

Consumo energético

Embora sejam aparelhos com bom índice de eficiência, a alta potência acarreta em um grande consumo de energia elétrica, e que normalmente ocorre em horários de pico.

Tubulação PVC e misturador

Como o aquecimento de água se dá diretamente no ponto de consumo, a maioria das instalações de chuveiro elétrico utiliza somente uma tubulação de água fria, e não é possível utilizar um misturador para adequar a temperatura da água ao gosto do usuário.

Instalar uma rede de distribuição de água quente utilizando materiais normativamente apropriados (CPVC, PPR, PEX, cobre), e misturadores nos pontos de consumo, é uma necessidade obrigatória. A rede de distribuição pode fazer a água quente se encontrar disponível onde antes não havia (por exemplo, torneiras, duchas higiênicas) e o uso do misturador favorece um maior nível de conforto em termos de controle da temperatura.

Prever a nova rede hidráulica para formar um anel de recirculação é importante para evitar o desperdício de água.

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